quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Texto  sobre Pré História ¨6° Ano. 2015
Professor: Francisco Eudo
O Período Paleolítico é a era histórica mais extensa da humanidade: abrange por volta de 3 milhões de anos atrás até cerca de 10.000 a.C. . Foi nesse período que os grupos humanos começaram a utilizar utensílios de chifres de animais ou de rochas para desenvolverem a caça e se protegerem de outros grupos nômades, formando objetos pontudos - ou lascas - que deu margem para que essa era também ficasse conhecida como Idade da Pedra Lascada.
Grande parte dos restos mortais desse período foram encontrados na Europa - especialmente França e Espanha -, por volta de todo o continente africano, na Índia e na China. A baixa temperatura da época fazia das cavernas o lar dos hominídeos que viveram durante o período, tais como o Australopithecus, Homo Habilis, Homo Erectus e Homo Sapiens.
Por compreender um vasto período das primeiras atividades humanas, os historiadores e arqueólogos subdividem o Período Paleolítico em inferior e superior.
Paleolítico Inferior
Onde florescem as primeiras estruturas sociais e onde os primeiros artefatos começam a ser fabricados pelo homem, como armas de pederneira, objetos de madeira e lascas de pedra. Apesar de serem nômades, têm afeição familiar e fazem uso do fogo, principal descoberta humana do período.
Paleolítico Superior
Surge o homem de Cro-Magnon - oriundo da Ásia, migrando pela África até chegar na Europa -, que morava nas cavernas graças ao constante esfriamento do planeta devido à 4ª Era Glacial. Ele desenvolveu sua cultura no continente europeu e tinha qualidades humanoides primitivas mais favoráveis que as outras espécies: tinham estatura média de 1,70m, cabeça comprida e maior capacidade cerebral. Além de tudo isso, já caçava animais de grande porte através de armadilhas terrestres, o que comprova sua superioridade de inteligência.
Com o passar dos anos, os homens deste período começaram a viver em grandes grupos. Para enfrentar o frio, quando migravam para regiões de poucas cavernas, construíam moradias rústicas com peles de animal, rochas e gravetos. No período Paleolítico Superior, o homem começa a desenvolver a pintura rupestre nas cavernas, permitindo um entendimento contemporâneo maior de sua cultura.
Segundo alguns arqueólogos, é nesse período que o homem começa a se apegar à sobrenaturalidade, dando origem à religião. Eles cultivavam o poder feminino da natalidade e as consideravam superiores por gerarem a vida ao engravidar.
No fim da era paleolítica, o planeta estava começando a sofrer variações climáticas glaciais. Apesar de extensos períodos de frio, a temperatura começou a amenizar e ficar mais favorável aos humanos primitivos, suscitando em grandes mudanças entre o intervalo histórico de mais de 10.000 anos de transição do Período Paleolítico ao Período Neolítico, chamado de Revolução Neolítica pelo historiador Gordon Childe.
Também conhecido como Nova Idade da Pedra e Idade da Pedra Polida, o Período Neolítico  teve início por volta de 8.000 antes de Cristo, após as mudanças climáticas que criaram melhores condições de vida para os homens e animais. Com as geleiras, os portentosos animais foram extintos, dando lugar a uma fauna mais parecida com a que temos hoje, e os rios, desertos e florestas tropicais foram formados, o que possibilitou um contato humano mais intenso com a natureza.
Diferente da Era Paleolítica, o Período Neolítico é considerado um importante avanço social, econômico e político. Nesse período, o homem descobre-se como um ser social que tem muito mais vantagem de agir em grupo do que individualmente. As estruturas sócio-políticas são mais sólidas, ou seja, determinados grupos ocupam certas regiões sob a influência de um líder, geralmente o mais velho, o mais esperto ou o que tivesse mais força física.
Para obter boas condições de vida, o homem neolítico procurava moradia próxima aos rios, na intenção de utilizar a terra fértil para a agricultura - outro importante avanço do período. Se antes o homem paleolítico coletava alimentos praticando o ato da caça e da pesca para sobreviver, o homem neolítico passou a produzir o que comer com mais assiduidade, plantando frutos, legumes e vegetais. Com isso, não havia mais a necessidade de vagarem constantemente à procura de alimentos - criando o fenômeno do sedentarismo, ou seja, a permanência em lugar fixado em detrimento do nomadismo.
São construídas as primeiras moradias, similares a pequenos cubículos feitos de palha e madeira. Geralmente, os neolíticos trabalhavam coletivamente, saindo em numerosos grupos para as poucas atividades de caça e pesca. As mulheres eram responsáveis por garantir o bem-estar das pequenas aldeias, permanecendo com os filhos e cuidando da agricultura. Com mais tempo para interagirem entre si, os neolíticos desenvolveram as primeiras atividades de lazer, descobrindo a arte da cerâmica e a forma de comercializá-la.
Apesar de indícios científicos apontarem para a Era Paleolítica o surgimento do comércio, foi na Era Neolítica que ele teve melhor aplicação. O homem neolítico cria o dinheiro, que era representado inicialmente por sementes de cores diferentes, para facilitar a troca de mercadorias, muitas vezes cerâmica, armamentos com pedras talhadas, objetos de pederneira e minério. Também data da Era Neolítica a criação do primeiro barco.
Outro importante avanço é a domesticação dos animais, o que possibilitou maior proximidade deles com o homem (como acontece com o cão) e trouxe mais variações alimentícias, como a criação de gados, cabras e porcos.
As vestimentas também sofreram alterações do homem paleolítico; devido ao frio intenso da Era Glacial, o homem paleolítico se cobria com pele de animal, enquanto o neolítico passou a fabricar as primeiras roupas com lã, algodão e linho para facilitar na locomoção e trazer mais conforto em relação ao clima mais ameno.
A Era Neolítica é considerada o último período pré-histórico. Antes de seu fim, ocorreu a Idade dos Metais, que consolidou a importância do bronze na fabricação de armamentos manuais.
O surgimento da escrita e a criação do Estado nas primeiras civilizações da Antiguidade marcou o fim da Era Neolítica.
A idade dos metais, como o próprio nome diz, é marcado pela dominação dos metais por parte das primeiras sociedades da pré-historia, sendo este fato de fundamental importância para o cultivo agrícola, e também a prática de caças.
O primeiro tipo de metal utilizado foi o cobre.  Logo depois encontramos a utilização do estanho na fabricação de outros tipos de armas e utensílios. E, por volta de 3000 a .C, com a junção desses dois metais (cobre e estanho) tivemos o aparecimento do Bronze. O ferro só apareceria num futuro longínquo, cerca de 1.500 a .C e tal lentidão de propagação se deu pelo fato de sua manipulação ser de difícil aprendizado.
Dessa maneira, o que realmente acontece é que através de técnicas de fundição esses povos pré -históricos vão gradualmente substituindo as ferramentas, que até então eram elaboradas com madeira e pedra, por ferramentas de metal. Isso vai auxiliar e muito o cotidiano desses povos.
Por exemplo, na agricultura, com o uso dessas novas ferramentas, os povos pré-históricos conseguiram aumentar a produção de alimentos, e aumentando a produção consequentemente gerava-se excedentes alimentícios. E foram justamente esses excedentes a causa dos primeiros conflitos entres os homens na história. Pois agora com ferramentas que demonstravam uma maior eficiência na prática agrícola e na criação de animais, seriam grandes aliados também na competição desses povos para ver quem ficaria com as melhores pastagens, terras férteis e os excedentes.
Esses conflitos desencadearam um grande processo de dominação de uma comunidade sobre a outra, dando origem assim o que vamos chamar de propriedade privada, e em consequência a isso a desigualdade social. Assim, surgiu a necessidade de criação de um órgão que supervisionasse essas relações entre os homens e que garantisse a propriedade privada, o Estado.

Assim podemos perceber que o uso dos metais na vida cotidiana desses povos teve grande importância para a consolidação e principalmente na destruição de grandes civilizações na pré-historia e no mundo antigo, sendo de grande utilidade para a subsistência, no caso a agricultura, e também na imposição de poder.

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