quinta-feira, 2 de abril de 2015

Civilização Maias, Astecas e Incas, da america conteúdo 7° ano



Escola Estadual Modelo
Civilizações Maia, Astecas e Incas.
 Texto de História 7° ano
Professor: Francisco Eudo Lima Ribeiro

Economia Maia
Comércio e agricultura
Os maias cultivavam o milho (três espécies), algodão, tomate, cacau, batata e frutas. Domesticaram o peru e a abelha que serviam para enriquecer sua dieta, à qual somavam também a caça e a pesca. É importante observar que por serem os recursos naturais escassos não lhes garantindo o excedente que necessitavam a tendência foi desenvolverem técnicas agrícolas, como terraços, por exemplo, para vencer a erosão . Os pântanos foram drenados para se obter condições adequadas ao plantio. Ao lado desses progressos técnicos, observamos que o cultivo de milho se prendia ao uso das queimadas. Durante os meses da seca, limpavam o terreno, deixando apenas as árvores mais frondosas. Em seguida, ateavam fogo para limpá-lo deixando o campo em condições de ser semeado. Com um bastão faziam buracos onde se colocavam as sementes.
Dada a forma com que era realizado o cultivo a produção se mantinha por apenas dois ou três anos consecutivos. Com o desgaste certo do solo, o agricultor era obrigado a procurar novas terras . Ainda hoje a técnica da queimada, apesar de prejudicar o solo, é utilizada em diversas regiões do continente americano.
As Terras Baixas concentraram uma população densa em áreas pouco férteis. Com produção pequena para as necessidades da população, foi necessário não apenas inovar em termos de técnicas agrícolas, como também importar de outras regiões produtos como o milho, por exemplo. O comércio era dinamizado com produtos como o jade, plumas, tecidos, cerâmicas, mel, cacau e escravos, através das estradas ou de canoas.
Política Maia
Extremamente hierarquizada, a sociedade maia contava em cada cidade-estado com uma autoridade máxima, de caráter hereditário, dita halach-uinic ou “homem de verdade”, que era assistido por um conselho de notáveis, composto pelos principais chefes e sacerdotes. O halach-uinic designava os chefes de cada aldeia (bataboob), que desempenhavam funções civis, militares e religiosas. A suprema autoridade militar (nacom) era eleita a cada três anos. Outros cargos importantes eram os guardiões (tupiles) e os conselheiros (ah holpopoob).A nobreza maia incluía todos esses dignitários, além dos sacerdotes, guerreiros e comerciantes. A classe sacerdotal era muito poderosa, pois detinha o saber relativo à evolução das estações e ao movimento dos astros, de importância fundamental para a vida econômica maia, baseada na agricultura. O sumo sacerdote (ahau kan) dominava os segredos da astronomia, redigia os códices e organizava os templos. Tanto as artes quanto as ciências eram de domínio da classe sacerdotal. Abaixo do sumo sacerdote havia os ahkim, encarregados dos discursos religiosos, os chilan (adivinhos) e os ahmén (feiticeiros).
Os artesãos e camponeses constituíam a classe inferior (ah chembal uinicoob) e, além de se dedicarem ao trabalho agrícola e à construção de obras públicas, pagavam impostos às autoridades civis e religiosas. Na base da pirâmide social estava a classe escrava (pentacoob), integrada por prisioneiros de guerra ou infratores do direito comum, obrigados ao trabalho forçado até expiarem seus crimes.
Sociedade  Maias A sociedade maia era organizada em clãs familiares fechados. Cada clã era integrado por linhagens de hierarquia distinta, de acordo com a distância que os separava de seu antecessor fundador, muitas vezes imposto através da violência de certos grupos sobre outros.
O termo ninja, ou “casa grande”, designava os patrilinajens agrupados em torno de um grande senhor. Ele servia para denominar o edifício principal onde moravam os líderes dos clãs.
Os parentes diretos do primogênito do fundador do clã ocupavam o lugar mais alto na pirâmide social.
Os reis divinos ocupavam a cúspide da sociedade de castas, seguidos pelos sacerdotes parentes, os guerreiros, os artesãos, os comerciantes e os camponeses.
No fim do Período Clássico, a sociedade se tornou ainda mais estratificada. A diferença do norte mexicano e as relações de parentesco se limitaram ao interior de cada casta.
Em 1566, o bispo de Mérida Frei Diego de Landa descreveu a organização social maia em seu livro Relação das Coisas de Yucatán.
Os almehenoobs ficavam na cúspide. Sua casta era integrada pela nobreza hereditária que controlava os principais cargos administrativos e militares. De qualquer forma, para subir de posto, tinham que fazer por merecer, mostrando méritos e aptidões através de um exame consistente que incluía decifrar enigmas e interpretar expressões figurativas denominadas “linguagem de Zuyúa”.
Os candidatos que fracassavam tinham que estar dispostos a morrer. Para aspirar ao poder, o indivíduo tinha que saber interpretar palavras e escrita. Como reza o livro de Chilam Balam, “Os chefes de aldeia são castigados pela noite porque não sabiam compreender… Por isso são enforcados e por isso cortam-lhe as pontas das línguas e por isso arrancam-lhes os olhos”.
Se o aspirante fosse eleito, ele era tatuado com pictogramas na garganta, no pé, e na mão. No interior dos almehenoobs surgia o Halach uinic, “o verdadeiro homem”, um intermediário entre os parentes superiores, considerados divinos, e os parentes das linhagens inferiores.
O Halach uinic governava com a ajuda de seus parentes diretos, e seu cargo era hereditário para garantir a continuidade e a hegemonia das linhagens principais.
Os membros da nobreza e parentes de segunda linha dos reis cumpriam distintas funções. Os bataboob se dedicavam à percepção de tributos, à administração da justiça, ao ofício da escrita e oficializavam os sacerdotes.
Cultura e conhecimento. A ascendência da cultura maia se revela no terreno intelectual. Os sacerdotes, detentores do saber, eram responsáveis pela organização do calendário, pela interpretação da vontade dos deuses por meio de seus conhecimentos dos astros e da matemática.
Os maias adoravam vários deuses que puderam ser identificados em códices do período pós-clássico e em muitos monumentos. Na maioria estavam associados à natureza, como os deuses da chuva, do solo, o deus Sol, a deusa Lua e um deus do milho. Para fazer pactos com esses deuses, o povo sacrificava animais e até seres humanos, em escala reduzida, e oferecia o próprio sangue. A partir do século X, passaram a adorar Kukulcán.
O desenvolvimento da aritmética permitiu cálculos astronômicos de notável exatidão. Os maias conheciam o movimento do Sol, da Lua e de Vênus, e provavelmente de outros planetas. Inventores do conceito de abstração matemática, os maias criaram um número equivalente a zero — conceito até então desenvolvido apenas por uma civilização hindu primitiva — e estabeleceram o valor relativo dos algarismos de acordo com sua posição. Seu sistema de numeração de base vinte era simbolizado por pontos e barras.

Astecas
Economia
Ao longo da expansão do povo asteca, a agricultura foi se tornando a sua principal atividade econômica. Mesmo habitando uma região com terrenos alagados, desenvolveram técnicas agrícolas que superavam as limitações naturais da região. Uma interessante técnica agrícola desenvolveu-se com a construção das chinampas.

As chinampas eram grandes esteiras de junco sustentadas por hastes fixadas no fundo dos lagos. Na superfície da chinampa era depositada a fértil lama encontrada no fundo dos lagos. Dessa forma foi possível ampliar a produção agrícola. Além disso, os astecas também utilizaram de canais de irrigação que tornavam possível o plantio em regiões menos férteis.
O comércio também figurava entre uma das principais atividades da economia asteca. Em grandes mercados, como o de Tlatelolco, pessoas realizavam trocas de artesanatos, alimentos, pequenos animais, utensílios e ervas medicinais. Além de realizarem o comércio através do escambo, também utilizavam a semente do cacau como uma moeda de troca.

Sociedade e Política

Baseada em uma forte tradição militarista, os astecas possuíam uma organização social vinculada pela posição política e econômica reservada a cada um dos seus membros. O Estado asteca era chefiado por um imperador que contava com o apoio de funcionários na administração das terras e construções do império. No topo da hierarquia social asteca estavam os nobres, os sacerdotes e os militares. Estas três classes exerciam importante papel na manutenção do império, na conquista de novas terras e no contato entre os homens e os deuses.
Logo em seguida estavam os comerciantes e artesãos. Muitos deles eram admirados pela habilidade em dominar complexas técnicas, como a ourivesaria. Estes, além de controlarem uma parte significativa da economia asteca, também circulavam pelo império realizando alguns trabalhos para o Estado e praticando a espionagem. Em razão de sua grande importância, muitos deles não eram obrigados a pagar tributos ao Estado.
A Sociedade- A grande parcela da população era composta por camponeses. Estes seguiam as orientações do Estado no cultivo das terras e na construção de obras públicas. Cada camponês, ao se casar, recebia um lote de terras que deveria ser administrado por ele. Em troca do serviço prestado, os camponeses recebiam alimentos, vestimentas e tinham seus filhos introduzidos nas instituições de ensino do governo. No mais baixo estrato da escala social estavam os escravos que, de acordo com a condição que usufruíam, poderiam ascender socialmente.
A vasta população organizada sob o domínio asteca marcou a existência de uma das mais complexas sociedades da América pré-colombiana. A extensão dos núcleos urbanos e a organização sociopolítica asteca faziam frente e, em certos casos, ultrapassavam as dimensões dos centros urbanos da Europa do século XVI. Os colonizadores espanhóis ao chegarem na região fizeram vários relatos sobre a riqueza do povo asteca.
Economia
Ao longo da expansão do povo asteca, a agricultura foi se tornando a sua principal atividade econômica. Mesmo habitando uma região com terrenos alagados, desenvolveram técnicas agrícolas que superavam as limitações naturais da região. Uma interessante técnica agrícola desenvolveu-se com a construção das chinampas.

As chinampas eram grandes esteiras de junco sustentadas por hastes fixadas no fundo dos lagos. Na superfície da chinampa era depositada a fértil lama encontrada no fundo dos lagos. Dessa forma foi possível ampliar a produção agrícola. Além disso, os astecas também utilizaram de canais de irrigação que tornavam possível o plantio em regiões menos férteis.
O comércio também figurava entre uma das principais atividades da economia asteca. Em grandes mercados, como o de Tlatelolco, pessoas realizavam trocas de artesanatos, alimentos, pequenos animais, utensílios e ervas medicinais. Além de realizarem o comércio através do escambo, também utilizavam a semente do cacau como uma moeda de troca.
Cultura,  Religião
A religião asteca era um mistura de elementos (crenças e tradições) de diversos povos antigos mesoamericanos.
A religião asteca dava uma grande importância à criação do universo, a situação humana em relação ao divino, ligada principalmente à agricultura e as chuvas.
Eram politeístas, pois acreditavam na existência de vários deuses. Acreditavam na comunicação constante entre os deuses e os humanos. Havia também a crença de que os deuses podiam entrar no corpo das pessoas.
Realizavam sacrifícios humanos como forma de acalmar e agradar os deuses
Mitologia asteca
Os astecas tinham diversos mitos nos quais explicavam a origem dos deuses, dos homens e dos fenômenos da natureza. Estes mitos eram importantes, pois davam sentido a vida.
Os astecas faziam esculturas  de diversos tamanhos sobre, principalmente, temas religiosos ou aspectos da natureza. Os artistas astecas captavam a essência do que queriam retratar e faziam as obras com grande riqueza de detalhes.
Vale destacar que o tamanho da escultura estava relacionado com a importância do que era retratado. Deuses, sacerdotes e reis, por exemplo, eram temas de grandes esculturas. Enquanto as pequenas retratavam animais e objetos comuns do cotidiano.
Os escultores astecas usavam pedras e madeiras para fazer suas esculturas. Elas costumavam ser pintadas com tintas que obtinham na natureza. Usavam também a técnica de incrustação de pedras preciosas nas esculturas. As danças, músicas e cantos astecas eram realizados em diversas atividades de caráter religioso como, por exemplo, casamentos, funerais e sacrifícios. Estavam também presentes em atividades políticas e bélicas.
Os bailes religiosos aconteciam, principalmente, no pátio dos templos. Os músicos astecas usavam diversos tipos de instrumentos musicais feitos com elementos da natureza, principalmente, madeira. Eram também usados chifres de animais e cascos de tartaruga para a confecção destes instrumentos. Os tambores eram os instrumentos mais usados na realização de músicas.
INCAS
Economia
O Império Inca tinha uma organização econômica de caráter próximo ao modo de produção asiático, na qual todos os níveis da sociedade pagavam tributos ao imperador, conhecido como O inca. O inca era divinizado sendo carregado em liteiras com grande pompa e estilo. Usava roupas, cocares e adornos especiais que demonstravam sua superioridade e poder. Ele reivindicava seu poder dizendo-se descendente de deuses (origem divina do poder real). Abaixo do inca havia quatro principais classes de cidadãos.
A primeira era a família real, nobres, líderes militares e líderes religiosos. Estas pessoas controlavam o Império Inca e muitos viviam em Cusco. A seguir, estavam os governadores das quatro províncias em que o Império Inca era dividido. Eles tinham muito poder pois organizavam as tropas, coletavam os tributos cabendo-lhes impor a lei e estabelecer a ordem. Abaixo dos governadores estavam os oficiais militares locais, responsáveis pelos julgamentos menos importantes e a resolução de pequenas disputas podendo inclusive atribuir castigos. Mais abaixo estavam os camponeses que eram a maioria da população.
Entre os camponeses, a estrutura básica da organização territorial era o ayllu. O ayllu era uma comunidade aldeã composta por diversas famílias cujos membros consideravam possuir um antepassado comum (real ou fictício). A cada ayllu correspondia um determinado
território. O kuraca era o chefe do ayllu. Cabia-lhe a distribuição das terras pelos membros da comunidade aptos para o trabalho.
Havia três ordens de trabalhos agrícolas:
 Realizados em benefício do Inca e da família real;
    Destinados à subsistência da família, realizados no pedaço de terra que lhe cabia;
    Realizados no seio da comunidade aldeã, para responder às necessidades dos mais desfavorecidos.
Moeda
Os incas não usavam dinheiro propriamente dito. Eles faziam trocas ou escambos nos quais mercadorias eram trocadas por outras e mesmo o trabalho era remunerado com mercadorias e comida. Serviam como moedas sementes de cacau e também conchas coloridas, que eram consideradas de grande valor.
            No apogeu de civilização inca, por volta de 1400, a agricultura organizada espalhou-se por todo o império, desde a Colômbia até o Chile, com o cultivo de grãos comestíveis da planície litorânea do oceano Pacífico, passando pelos altiplanos andinos e adentrando na planície amazônica oriental.
Calcula-se que os incas cultivavam cerca de setecentas espécies vegetais. A chave do sucesso da agricultura inca era a existência de estradas e trilhas que possibilitavam uma boa distribuição das colheitas numa vasta região.
As principais culturas vegetais eram as batatas (semilha), batatas doce (batatas), milho, pimentas, algodão, tomates, amendoim, mandioca, e um grão conhecido como quinua.
O plantio era feito em terraços e já usavam a adiantada técnica das curvas de nível sendo os primeiros a usar o sistema de irrigação.
Os incas usavam varas afiadas e arados para revolver o solo, e usavam também a lhama para transporte das colheitas, embora tais animais fornecessem também lã para fazer tecidos, mantas e cordas, couro e carne.
Ervas aromáticas e medicinais também eram plantadas e as folhas de coca, eram reservadas para a elite. Toda a produção agrícola era fiscalizada pelos funcionários do império

 Cultura / Religião
Machu Picchu.
Ruínas de Ingapirca, no Equador, na província de Cañar.
Os Incas eram extremamente religiosos e viam o Sol e a Lua como entidades divinas às quais suplicavam suas bençãos, fosse para melhores colheitas, fosse para o êxito em combates com grupos rivais. O deus Sol (Inti) era o deus masculino e acreditavam que o Rei descendia dele. Atribuíam ao deus Sol qualidades espirituais, transmitidas à mente pela mastigação da folha de coca, daí as profecias que justificaram a criação de templos sagrados construídos nas encostas íngremes das montanhas andinas.11
Os incas construíram diversos tipos de casas consagradas às suas divindades. Alguns dos mais famosos são o Templo do Sol em Cusco, o templo de Vilkike, o templo do Aconcágua (a montanha mais alta da América do Sul) e o Templo do Sol no Lago Titicaca. O Templo do Sol, em Cusco, foi construído com pedras encaixadas de forma fascinante. Esta construção tinha uma circunferência de mais de 360 metros. Dentro do templo havia uma grande imagem do sol. Em algumas partes do templo havia incrustações douradas representando espigas de milho, lhamas e punhados de terra. Porções das terras incas eram dedicadas ao deus do sol e administradas por sacerdotes.
Os sumo-sacerdotes eram chamados Huillca-Humu, viviam uma vida reclusa e monástica e profetizavam utilizando uma planta sagrada chamada huillca ou vilca [1] (Acácia cebil) com a qual preparavam uma chicha de propriedades enteógenas que era bebida na "Festa do Sol", Inti Raymi. A palavra quíchua Huillca significa, simplesmente, algo "santo", "sagrado".
Os incas ofereciam sacrifícios tanto humanos como de animais nas ocasiões mais importantes, maioria das vezes em rituais ao nascer do sol. Grandes ocasiões, como nas sucessões imperiais, exigiam grandes sacrifícios que poderiam incluir até duzentas crianças. Não raro as mulheres a serviço dos templos eram sacrificadas, mas a maioria das vezes os sacrifícios humanos eram impostos a grupos recentemente conquistados ou derrotados em guerra, como tributo à dominação. As vítimas sacrificiais deviam ser fisicamente íntegras, sem marcas ou lesões e preferencialmente jovens e belas.
Sociedade
Encontramos esses reinos em tal bom estado, e os Incas os governavam de maneira tão sabia, que entre eles não havia um ladrão ou um viciado, não havia uma adúltera, ou sequer uma mulher má admitida entre eles, não havia tampouco pessoas imorais. Os homens tinham ocupações honestas e úteis. As terras, florestas, minas, pastos, casas e todos os tipos de produtos eram controlados e distribuídos de tal forma que cada um sabia o que lhe pertencia, sem que outro tomasse ou ocupasse algo alheio, ou fizesse queixas a respeito… o motivo que me obriga a fazer estas declarações é a libertação da minha consciência, visto que me considero culpado. Pois destruímos, com nosso mal exemplo, as pessoas que tinham tal governo como o que era desfrutado por esses nativos. Eram tão livres do cometimento de crimes ou excessos, tanto os homens quanto as mulheres, que o índio que tinha 100 000 pesos em ouro e prata em sua casa a deixava aberta, meramente deixando uma pequena vara contra a porta, como sinal de que seu mestre estava fora. Com isso, de acordo com seus costumes, ninguém poderia entrar ou levar algo que estivesse ali. Quando viram que colocávamos cadeados e chaves em nossas portas, supuseram que fosse por medo deles, para que eles não nos matassem, mas não porque acreditassem que alguém poderia roubar a propriedade de outro. Assim, quando descobriram que havia ladrões entre nós, e homens que buscavam fazer as suas filhas cometerem pecados, nos desprezaram.
Política
Poder
É incontestável que o estado inca teve uma organização social e política peculiar. Seu chefe de Estado era o Inka ou Sapan Inka, também conhecido como Sapan Intiq Churin (“O Único Filho do Sol”), que tinha uma esposa com o nome de Qoya. De um modo mais compreensível, pode-se dizer que o nome “Inka” equivale a “Rei”; e “Qoya” significa “Rainha”. De acordo com a tradição andina, tanto Inka quanto Qoya eram descendentes diretos do Deus Sol. Para perpetuar sua linhagem divina, o Inka era obrigado a casar com sua irmã. O “Sapan Inka” também tinha um número limitado de concubinas e filhos. A tradição conta que Wayna Qhapaq tinha mais de 400 crianças. Este privilégio era dado somente para o Inka.
organização do seu governo imperial ocorreu a partir de uma série de vitórias militares que “intimidava” os outros povos: a expansão de seu território por meio delas e as populações que foram militarmente subordinadas só reafirmavam o poder dessa civilização. O imperador inca (“O Inca” era como o chamavam) era considerado um descendente do sol e, por essa condição divina, deveria ser responsável pela criação das leis e era o principal guardião de todos os bens que pertenciam ao estado (inclusive as terras). Abaixo do imperador, estavam os sacerdotes, chefes militares, juízes, governadores provinciais e sábios. Alguns deles controlavam o império pois possuíam bastante poder dentro dele.
O Inka era o chefe religioso e político de todo o Tawantinsuyo. Ele praticava a soberania suprema. Pesava o fato de que o Inka era venerado como um deus vivo, pois era considerado o Filho do Sol. Seus súditos seguiam suas ordens com total submissão. Aqueles que conviviam com ele se humilhavam em sua presença, em ato de extrema reverência. Apenas o mais nobre homem da linhagem Inka podia dirigir a palavra ao Inka e repassar as informações aos outros súditos. Algumas das mulheres do Império Inca coletavam cabelo e saliva do Rei, como forma de se protegerem de maldições. Ele era carregado em uma maca dourada e suas roupas eram feitas de pele de vicunha da mais alta qualidade. Somente ele usava o simbólico Maskaypacha ou uma insígnia real, espécie de cordão multicolorido. Grandes adornos dourados pendiam de suas orelhas, o que acabava por deformá-las. O imperador inca usava ainda uma túnica que ia até os joelhos, um manto banhado a esmeralda e turquesa, braceletes e joelheiras douradas e uma medalha peitoral que trazia impresso o símbolo do Império Inca.

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