terça-feira, 9 de junho de 2015

Atividade extra classe de ensino religioso para os alunos de 7°ano


 Atividade extra  classe de ensino Religioso para os alunos de 7° ano, escola cedida para Para o JETs 
professor: Francisco Eudo 
Questão 1- Com base no texto defina o que  é pluralidade cultural;
25 Linha 
Questão- 2    De acordo com  texto justifique a ideias de Religião na sociedade;
25 linhas
 

 Questão-3 faça um texto dissertativo sobre o seguintes incluindo o seguintes temas, Religião x educação escolarIntolerância religiosa Profissionais de Educação Física (pluralidade cultural e inclusão e exclusão social);
2. P 

  
  O homem é um ser social e, portanto, possui sua individualidade e diversidade, pois ao conviver socialmente adquire novas características, novos hábitos, atitudes, valores culturais. E, para sentir-se bem, precisa estar bem consigo mesmo e com os diferentes grupos sociais que conviva. Com isto, o homem vai adquirindo habilidades diversas, completando-se e completando a sociedade.
    Moreira (2007) em seus estudos culturais entende a palavra “cultura” no sentido plural, como “culturas” e afirma que:

    corresponde aos diversos modos de vida, valores e significados compartilhados por diferentes grupos (nações, classes sociais, grupos étnicos, culturas regionais, geracionais, de gênero etc.) e períodos históricos. Trata-se de uma visão antropológica de cultura, em que se enfatizam os significados que os grupos compartilham, ou seja, os conteúdos culturais. Cultura identifica-se, assim, com a forma geral devida de um dado grupo social, com as representações da realidade e as visões de mundo adotadas por esse grupo. (MOREIRA, 2007, p. 17)
    Numa visão sociológica, a cultura nasce a partir da interação entre os homens.
    A cultura brasileira, como qualquer tipo de cultura é pluricultural. Ou seja, é envolvida por diversas culturas, respeitando as diferenças apresentadas por essas culturas.
    Através da sociabilidade, que é a tendência natural da espécie humana para viver em sociedade e é desenvolvida por meio do processo de socialização, pelo qual o indivíduo se integra ao grupo em que nasceu assimilando sua cultura, que vivemos e transformamos nossos valores culturais.
    A multiplicidade de culturas e etnias tem caracterizado as sociedades modernas. Portanto, a idéia de multiculturalismo é uma resultante desses processos civilizatórios marcados pela heterogeneidade. São características do multiculturalismo: O reconhecimento da filiação de cada indivíduo a um grupo cultural; o destaque à herança cultural de cada um desses grupos, para que os demais possam apreciá-la e respeitá-la; a afirmação da equivalência dos vários grupos étnico-culturais de uma sociedade; a postulação do direito dos grupos sociais manterem sua singularidade cultural; o enaltecimento da diversidade como característica positiva das sociedades modernas.

Religião na sociedade

    Apesar de, no passado, a grande maioria dos cristãos terem permanecido por séculos unidos na mesma Igreja, a sociedade brasileira é hoje fortemente marcada pelo pluralismo religioso. Segundo estudos apresentados na Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (1999), este pluralismo acentuou-se muito nos últimos anos, tanto no plano quantitativo quanto na variedade das formas. Isso torna pertinente o estudo comparativo das suas várias tradições, no que diz respeito à tradição em si, à teologia, ao governo eclesiástico, doutrinas, formas de linguagem, etc.
    A sociedade brasileira é formada não só por diferentes etnias, como também por imigrantes de diferentes países. Além disso, as migrações colocam em contato grupos bastante diversos e que a convivência entre estes grupos nos planos cultural e social é marcada pelo preconceito e pela discriminação.
    Viver democraticamente nessa pluralidade e reconhecer que para que exista a identidade nacional, devemos crer na riqueza da diversidade etnocultural do patrimônio social cultural brasileiro (PCN, 1997), pois nas diversas esferas da vida política, econômica, cultural, comprova-se um relativismo ético, que, determina em grande parte os relacionamentos afetivos e familiares e esse é o grande desafio da escola, valorizando a trajetória particular dos grupos que compõem a sociedade, pois as pessoas não dispõem mais de referência para orientar a própria conduta e, neste caso, sua conduta religiosa.
    A história é, geralmente, a melhor forma de pensar e nos ajuda a compreender a origem e o movimento das transformações sociais. Logo, todas as vezes que quisermos entender sobre a integração/inclusão/exclusão de pessoa, devemos recorrer aos estudos históricos para entendermos melhor sobre a diversidade cultural e nela a religiosidade presente e trabalhada nas escolas.
    O poder da religião na educação e no comportamento dos indivíduos manifesta-se através da imposição de uma cultura sobre outra. Todos nós somos responsáveis para que no processo cultural as crenças religiosas, assim como os demais aspectos do processo multicultural se espalhem pelo mundo como verdades universais. Ou seja, o que pregam deve ser seguido pelos seus membros, sendo assim, respeitadas e difundidas entre aqueles que consideram a religião como parte fundamental para o seu desenvolvimento humano, enquanto ser social.
    Dessa forma pode haver uma interferência sobre a vida dos indivíduos, dependendo das circunstâncias no convívio familiar e no que diz respeito à formação intelectual e social dos sujeitos, já que podem ocorrer limitações quanto aos valores pregados pela religião de certo e errado e o que a escola chama de riquezas culturais e que devem ser respeitadas.

Religião x educação escolar

    A escola deve ser um local onde todos aprendam o tempo todo, transformando seus comportamentos e onde as regras do espaço público devem ser baseadas na tolerância, no respeito aos direitos humanos e na noção de cidadania, reconhecendo e valorizando a diversidade cultural, atuando sem exclusão, sem discriminação, e sim com a plena e consciente forma cidadã, com a proposta de uma escola universal, voltada a todos.
    A religião está impregnada no modo de ser das pessoas, na vivência familiar, contribuindo para possíveis mudanças comportamentais. Nesse contexto, pode ser que ocorram, por exemplo, pontos de divergências entre o ambiente escolar e os valores postos por ela.
    Segundo VYGOTSKY apud MOLL (1996):
    [...] uma necessidade intrínseca deve ser despertada e incorporada a uma tarefa necessária e relevante para a vida. Só então poderemos estar certos de que ela se desenvolverá não como hábito de mãos e dedos, mas como uma forma nova e complexa de linguagem (MOLL, 1996, p.241).
    Ele afirma que o desenvolvimento cognitivo se dá a partir da interação social e, para explicar a importância dessa interação, elabora o conceito de Zonas de Desenvolvimento Potencial que se divide em três níveis:
  • 1º. Nível de desenvolvimento potencial: refere-se ao que a criança é capaz de desenvolver potencialmente;
  • 2º. Nível de desenvolvimento proximal: permite à criança resolver problemas com a orientação de outras pessoas;
  • 3º. Nível de desenvolvimento real: refere-se ao que a criança é capaz de fazer sozinha.
    Por um lado, muitas escolas, por se considerarem confessionais, não trabalham algumas festividades como São João, Carnaval, Folclore, dentre outras. No contexto escolar, a religião atualmente não é disciplina dos currículos escolares, pois a escola é considerada laica exceto as chamadas confessionais em que a própria família escolhe, priorizando preservar os valores cristãos que julgam ser essenciais para formação de seus filhos.
    Nesse contexto escolar, muitos dos educandos podem deixar de participar dos movimentos ou diversidades culturais por causa dos princípios religiosos.

Intolerância religiosa

    A intolerância religiosa é um termo que descreve a atitude mental caracterizada pela falta de habilidade ou vontade em reconhecer e respeitar as diferenças ou crenças religiosas de terceiros. Poderá ter origem nas próprias crenças religiosas de alguém ou ser motivada pela intolerância contra as crenças e práticas religiosas de outras pessoas.
    A intolerância religiosa pode resultar em perseguição religiosa e ambas têm sido comuns através da história. A maioria dos grupos religiosos já passou por tal situação em alguma época histórica.

Profissionais de Educação Física (pluralidade cultural e inclusão e exclusão social)

    Como os profissionais da Educação Física, como educadores que são, podem contribuir para que a intolerância religiosa não aconteça e a pluralidade cultural seja respeitada e vivida por todos?
    Para que busquemos resposta a essa pergunta devemos priorizar a qualidade na educação como um ponto importante na prática escolar. E, só teremos essa qualidade se tivermos um bom ambiente escolar, uma prática profissional adequada e motivadora e se, enquanto profissionais de Educação Física, trabalhamos de forma consciente a irmos contra os preconceitos estabelecidos pela sociedade. Devemos buscar nesta diversidade cultural o sentido de uma educação voltada a um Brasil de muitas culturas, a um povo de muitas crenças, hábitos, costumes e, para isso, devemos ir ao encontro de um trabalho de respeito entre as pessoas. O diálogo deve estar presente sempre e esse profissional, como todos os profissionais da Educação, deve ser aquele que em muito contribuirá para que a inclusão realmente aconteça e que a exclusão social não seja uma ação presente na sociedade.
    A exclusão social é fato, pois nossa sociedade ainda não está preparada para viver tanta diversidade. Os professores que lidam com essas diferenças no cotidiano, não foram e não estão preparados. Mas, devem procurar ser interessados e investir numa prática diferenciada para que essa pluralidade cultural seja, de fato, construída socialmente.
    A partir de princípios teóricos apresentados e dos argumentos entre as relações dos sujeitos com o conhecimento, observamos que é muito importante que aconteça a mediação com o outro, com diálogo, respeito às diferenças e trabalho com a pluralidade cultural. Isto significa que as relações sociais, interpessoais, significativas, são condição de possibilidade de um melhor desenvolvimento humano.
    A escola se torna um espaço em que os profissionais da Educação Física e todos os outros que lá estão trabalhem as muitas formas de conhecimento, de diversidades apresentadas. Devemos ter a escola como um lugar de apropriação e elaboração de conceitos estabilizados como produção histórica. Mas admitir a pluralidade e falar em transformação não basta. A questão é não ficarmos apenas com as teorias sobre o trabalho com o respeito e a tolerância às diferenças, mas nos apropriarmos disso como prática escolar e respeitar as diferentes culturas em etnias, raças, gêneros, religiosidades, dentre outros aspectos.
    O compromisso do profissional de Educação Física e de todos os profissionais da Educação está voltado para a aprendizagem com significado, buscando conhecer e respeitar a diversidade cultural apresentada na escola e fora dela, pois essa diversidade não é só escolar, é social. Deve ser garantido o acesso e a participação das diversas culturas, sem exclusão, para que assim busquemos a prática da escola cidadã.
    [...] A escola cidadã é aquela que contribui para a autoformação do homem, levando-o a assumir sua condição humana, ensinando-o a viver, a transformar-se, a tornar-se um verdadeiro cidadão crítico e com melhores condições de se contextualizar numa sociedade mais digna; pois a escola deve levar o homem a ser um agente transformador e conhecedor de si mesmo (AZEVEDO, 2010, p. 68-69).

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