Atividade extra classe de Ensino Religioso, para os alunos do 6° ano
Professor. Francisco Eudo Lima Ribeiro
Questão- 1 faça um texto definindo a cultura religiosa chinesa;
25 linhas
Questão -2, Com base no texto, faça um comentário
os deuses que representa a religião chinesa;
os deuses que representa a religião chinesa;
2 p
(Algumas) Crenças Chinesas.
Publicado em 25/04/2014 por Christine Marote
Já publiquei algumas vezes aqui
artigos relacionados com a religião na China. Mulçumanos, confucionistas
(apesar de eu não entender como religião), cristãos. Mas esse é um assunto que
sempre causa um pouco de ‘estranhamento’, já que oficialmente eles não possuem
religião, e nos deparamos com templos em cada esquina, igrejas católicas,
mesquitas e o mais intrigante: crenças, superstições e rituais em quase todas
as situações da vida. Desde a compra de uma casa até o nascimento e morte,
passando pelas datas especiais como o Ano Novo Chinês, com 15 dias de rituais.
Além desses três grupos que citei,
ainda tem o Taoísmo, o Budismo e a ‘religião popular’ ou crenças populares, que
é onde se encaixa mais esse grupo de atitudes chinesas frente a vida cotidiana.
Dentro desse conjunto de crenças, são
usados simbolismos para trazer sorte, fortuna, influência, sabedoria,
longevidade etc. São tantas as regras, os objetos e as cores que dá para
confundir a cabeça de qualquer um, em especial dos ocidentais.
Em relação ao simbolismo das cores,
um dos mais diferentes para nós é a cor do luto, que ao invés do preto, eles
usam o branco. E presentear um chinês com alguma coisa embrulhada em branco
significa que estamos desejando a sua morte. Complicado, não é?
Eles chamam de crenças populares uma série de tradições
religiosas étnicas.
E com isso os ‘objetos’ de adoração
podem variar por épocas, grupos étnicos ou regiões. Os principais são as
divindades naturais, divindades da região, divindades tribais, heróis e semideuses
da cultura local, ancestrais e dragões! Inclusive, o dragão é aceito como um
dos principais ‘deuses’ até hoje. Desde o império, o dragão é o símbolo da
força e do poder.
Entre os deuses materializados, os
mais comuns são personagens ditos como reais, antepassados envoltos em suas
lendas e perpetuados pela memória popular. Já ouvi de mais de um chinês, que o
‘nosso’ Deus está muito distante da realidade, é algo inatingível, por isso
eles preferem ter seus deuses reais. Eles não são O Deus, mas possuem as
‘magias de deus’ ou recebem o ‘poder de deus’. E quem somos nós para
questionar?
Os principais deuses chineses, ainda hoje, além do dragão,
são:
Guan Yu (Guan Gong) – deus dos
policiais, da guerra, da fortuna e da lei. Segundo minha professora chinesa, é
bom ter uma imagem de Guan Yu em casa para que o marido não encontre nenhum
outro amor. (Fica a dica para quem quiser. =P).
‘ Shoushen
(Shouxing) – deus da longevidade. A figura dele, bem como os objetos que
carrega, são representativos: pêssego – por ser considerado o rei das frutas,
hú-lú (cabaça) – que é um vegetal que absorve toda a má energia e mantém a pessoa
saudável, as longas sobrancelhas – indicam longevidade. As pessoas que tem as
sobrancelhas longas nas laterais do rosto terão vida longa (segundo os
chineses, claro).
Caishen – deus da fortuna, e traz em
sua roupa um dragão e desenhos que representam ondas, já que a água é um
símbolo da riqueza. A placa que ele carrega é o famoso cumprimento de ano novo
– Gon xi fà cái – que significa ‘te desejo boa fortuna’. Ele é bem popular na
época do ano novo chinês, pendurado em todas as janelas, entradas, balcões.
Baxian – os oito deuses imortais da
mitologia taoísta, pois cruzaram o mar ao mesmo tempo. Eles são os símbolos para boa sorte em toda
a China.
Mazu – deusa dos navegantes e
pescadores. Em Sanya (sul da China) existe uma imagem imensa no mar. Ela é
muito popular na região de Hainan e em Taiwan.
Tudi Gong – deus da terra – protege a
terra, as colinas, minerais e esconde os tesouros. É representado por um
casal. tudogong
Songzi Niangniang – deusa da
fertilidade.aoshen – deus da cozinha!!! Geralmente são colados na parede da
cozinha próximo ao fogão; e, em dezembro, há um dia em que são preparadas
comidas especiais e colocadas ao lado da imagem para trazer sempre fartura à
mesa. Essa prática é mais comum no interior, na zona rural.
zao shen
Na realidade, independente de serem
budistas, mulçumanos, confucionistas, taoistas ou cristãos, os chineses
carregam essas tradições como um folclore que passa de geração a geração. E é
tão forte e latente, que se percebe no rosto deles a aprovação, ou não, para
alguma atitude. Nessa lista ainda coloco as cores, os números, o horóscopo
chinês, o calendário lunar. Definitivamente os chineses são o povo mais
supersticioso que conheci!
Algumas outras curiosas crendices chinesas:
Vida após a morte – A concepção
chinesa de vida após a morte é baseada em uma combinação da crença popular, o
taoísmo e o budismo. No momento da morte, acreditam que o espírito é levado ao
deus Ch’eng Huang, que realiza uma espécie de ‘julgamento’. Os virtuosos podem
ir diretamente para um dos paraísos budistas ou a morada dos imortais taoístas.
Os pecadores irão para o inferno. Depois de 49 dias, passando por um período
fixo de castigo em um ou mais níveis do inferno, essas almas bebem o elixir do
esquecimento em preparação para a sua próxima reencarnação. Sinceramente, essa
concepção para mim foi uma surpresa, mas como aprendi isso no curso que estou
fazendo e a professora é chinesa, me parece que é assim.
Corpo e Alma – No pensamento chinês,
tudo o que existe flui para fora do ‘Tao’, e os humanos são um pequeno
componente do ‘Tao’. Os antigos acreditavam em uma alma dupla, sendo que a alma
inferior, dos sentidos, desaparece com a morte, e a alma racional (hun)
sobrevive e é objeto de adoração dos ancestrais. Mas o conceito mais importante
relacionado ao corpo e a alma é a ideia de ‘Qi’. Na sua forma mais simples,
‘Qi’ significa sopro, ar, mas na crença chinesa é energia vital. Acredita-se
que a cada pessoa é atribuído um determinado ‘Qi’ e esta deve cuidar dele, a
fim de viver uma vida longa. Existem vários exercícios taoístas que estão
focados no aumento de um ‘Qi’. O exemplo mais popular é a prática de Tai Qi (ou
o famoso Tai Chi).
Espíritos – para o chinês, o mundo é
povoado por um grande número de espíritos, do bem e do mal, que podem ser
demônios da natureza, espíritos malignos ou fantasmas. Os espíritos malignos,
segundo a crença, evitam a luz. Isso explica porque tantos rituais chineses
envolvem fogo e luz (eles foram os inventores dos fogos de artifício com o
intuito de espantar os maus espíritos). Outro fato interessante é a crença que
os maus espíritos só andam em linha reta, o que explica as curvas em entradas,
jardins e caminhos. A mais famosa em Shanghai é a ponte do Yu Garden, dentada.
Só que eles não consideram todos os espíritos do mal. As almas dos parentes
falecidos devem ser mantidas felizes com ofertas e adoração. Agora, se o
espírito não é mantido feliz, por uma morte ruim, um enterro sem todos os
rituais ou não possui descendentes para realizá-los, se tornará um fantasma.
Mas sob a influência do comunismo, desde a revolução cultural, a crença em
fantasmas e espíritos malignos está em declínio na China.
Céu – A ideia de céu (Tian) tem um papel
proeminente nas crenças chinesas, sendo o conceito de “Mandato do Céu”, um dos
mais importantes. Através dele, os governantes (império), por suas virtudes
possuíam a divina permissão de comandar o povo chinês. Mas esta permissão era
revogável se o governante não era virtuoso suficiente. Instabilidade política e
social eram sinais de que o ‘Mandato do Céu’ havia sido revogado, e assim,
derrubavam o Imperador, se iniciando uma nova dinastia.
Então é isso. Cada um acredita no que
quer, mas desde que estou aqui não deixo de colocar o meu Caishen na entrada de
casa, na época do ano novo chinês. Vai que os chineses estão certos? E também
tem aquele dito popular: ‘Se está em Roma, viva como os romanos’… Sendo assim,
se está na China…
E olhem que ainda tem muita crença, muito simbolismo, que eu
nem sequer citei!
Zài Jiàn!
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